COMUNICADO
FALTAM
APOIOS PARA INSTALAÇÃO E INVESTIMENTO DE JOVENS AGRICULTORES
No passado dia 6 de Fevereiro, realizaram-se no
auditória da Cooperativa agrícola da Maia as eleições para os órgãos sociais da
AJADP, Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto. Foi reeleito
como Presidente Miguel Dias da Silva (de Vila do Conde), sendo acompanhado na
direção por Filipe Soares (Maia), Sérgio Moninhas e José Maia (V. Conde) e ainda
Sérgio Matias (Póvoa de Varzim). Na mesa da Assembleia Geral estão Eduardo
Soares (Maia) como Presidente, Francisco Cunha (V. Conde) como Vice-presidente e Agostinho Marques (Maia), como secretário, sendo o Conselho Fiscal
presidido por Marisa Costa (P. Varzim), auxiliada por Jorge Castro (Maia) e Acácio
Couto Reis (Trofa). São acompanhados por suplentes oriundos de vários concelhos
do Distrito do Porto, integrando-se novos elementos com o objetivo de renovar e
dar continuidade à associação, substituindo os que saem por limite de idade (40
anos).
A AJADP mantém o objectivo de renovar o
associativismo agrícola e defender os interesses dos jovens agricultores da
região, dando atenção aos problemas que mais os preocupam atualmente,
nomeadamente a falta de apoios para a instalação de jovens agricultores. Com
efeito, são muitos os jovens agricultores com projetos aprovados, projetos
viáveis, com avaliação positiva por parte dos serviços do ministério da
agricultura, mas que não são contratados por falta de verba no âmbito do PDR
2020. Isto é muito grave pois Portugal já tem uma percentagem de jovem
agricultores muito abaixo da média comunitária, sendo lamentável não apoiar os
poucos jovens que apesar de tudo pretendem instar-se no setor agrícola,
nomeadamente na produção de leite, setor que em 2017 perdeu um produtor de
leite a cada dia útil. Acresce ainda que, face à manutenção do preço baixo do
leite, a rentabilidade dos investimentos só tem sido possível com aumentos de
produção, mas os jovens agricultores sentem agora a dificuldade em obter
aumento na quantidade contratada com a principal empresa compradora de leite, o
que pode impedir o jovem agricultor de atingir a faturação necessária para
pagar os investimentos e rentabilizar a futura exploração leiteira.
(Clique na imagem acima para ver a reportagem no Porto Canal)
AJADP NA MANIFESTAÇÃO DE PRODUTORES DE LEITE - 15/7/2015
ELEIÇÕES AJADP 2015
NOVA DIREÇÃO:
ALMOÇO / CONVÍVIO AJADP 2015
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COLÓQUIO 3 DE JANEIRO 2013
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SOLIDÁRIOS CONTRA A FOME E A CRISE ECONÓMICA (Ver Vídeo)
A AJADP, Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto, realizou a 28 de Novembro de 2011 uma oferta de produtos agrícolas da região,
nomeadamente leite e hortícolas, para uma instituição que luta contra a fome na
Região do Porto.
Com esta
iniciativa, que se tornou possível com o apoio de vários agricultores e
organizações agrícolas, os jovens agricultores querem tornar visível a
solidariedade dos agricultores portugueses para com todos os compatriotas que
atravessam dificuldades económicas, mas a quem não deve nunca faltar alimento,
pois é para isso que os agricultores trabalham todos os dias. Cremos que esta
acção será apenas uma entre muitas iniciativas solidárias de associações,
cooperativas e empresas ligadas ao sector agrícola por todo o país, mas
entendemos torná-la pública para que seja um evento motivador para outras
acções tão necessárias num momento de crise como este que agora vivemos.
Por outro lado,
queremos também deixar um apelo a todos aqueles que compram alimentos para
oferecer em campanhas solidárias: se possível, comprem produtos agrícolas
portugueses, pois assim, além de ajudar os destinatários da oferta estarão
também a ajudar a economia portuguesa, promovendo o emprego na agro-indústria,
na produção agrícola e em todas as actividades associadas na economia rural.
Deixamos também um apelo à distribuição para que promova e disponibilize sempre
de forma acessível produtos agrícolas nacionais. A Direcção da AJADP
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Os Diretores da AJADP (associação
de Jovens Agricultores do Distrito do Porto) participaram no seminário Europeu,
no passado dia 19 de Outubro, que decorreu no palácio da Bolsa, no Porto,
promovido pela AJAP (Associação de Jovens Agricultores de Portugal) e pelo CEJA
(Conselho Europeu de Jovens Agricultores), onde se debateram ideias e ideais
para a reforma da PAC que se avizinha, onde se chegou a várias importantes
conclusões:
- É imperativo criar a figura do
empresário rural e não apenas cuidar do empresário agrícola, nas zonas rurais,
ou seja, é importante revitalizar as zonas rurais, que estão quase desertas,
principalmente no interior do país. Não há agricultura competitiva sem zonas
rurais mais dinâmicas.
- Em Portugal, existe um jovem
agricultor com menos de 35 anos, para cada 35 agricultores com mais de 55, enquanto
que na europa este rácio é de um para 9. Na Alemanha e Áustria, existe 1 jovem
agricultor com menos de 35 anos, para apenas 3 com mais de 55. Aqui pode-se
concluir que países evoluídos e economicamente sustentáveis têm uma agricultura
bem revitalizada, rejuvenescida e activa.
Na europa, o número de jovens
agricultores reduziu 45% nos últimos anos, ou seja, a sociedade em geral tem
envelhecido consideravelmente, mas no sector agrícola tem sido uma calamidade.
Isto é preocupante e obriga a uma reflecção profunda e revisão de estratégias.
- A agricultura e silvicultura,
foram os únicos sectores económicos em Portugal, que aumentaram em 2011. Este
aumento foi de 2,5%. No mês de agosto último, houve um aumento de 13% nas
exportações no sector agrícola, comparativamente com o mesmo mês de anos
anteriores. Isto quer dizer que a agricultura, mesmo com muitíssimas
dificuldades e numa sociedade em enorme crise económica, está a crescer e a
contribuir muitíssimo para o equilíbrio da balança comercial.
- Neste último quadro comunitário
de apoio houve um grande aumento de instalação de jovens agricultores, em
especial no último ano, estando neste momento com uma cadência de 240
instalações, em média, por mês, com um investimento associado da ordem de 40
Milhões de euros. Foram aprovados até agora cerca de 22 mil projectos de
investimento em Portugal, neste quadro comunitário, implicando a criação de mais
de 30 mil postos de trabalho e mais de 5 mil milhões de euros de investimento.
- Foi salientado que é necessária
uma política europeia concertada e orientada e não um mero aglomerado de
medidas, como tem acontecido nos anteriores quadros políticos agrícolas comuns.
Também foi salientado que é um imperativo haver mais equidade na distribuição
das ajudas, uma vez que os agricultores portugueses recebem muito menos que os
congéneres europeus, chegando a metade dos montantes de alguns países. O
espirito solidário e de equidade não têm existido, mas deveriam ser revitalizados.
Neste seminário todas as
intervenções foram feitas por pessoas importantíssimas nestes mundos agrícolas,
políticos e técnicos, dos quais destaco, a Sra. Ministra de Agricultura – Dra.
Assunção Cristas, o eurodeputado Dr. Nuno Melo (CDS/PP) e Dr. Capoulas Santos
(PS), o Dr. Arlindo Cunha e outros. Todos concluíram que muito foi feito, mas
muitíssimo mais há para fazer.
Neste seminário estiveram algumas dezenas de Jovens
Agricultores Europeus, que ficaram maravilhados com a cidade do Porto, o palácio
da Bolsa, a nossa hospitalidade e o nosso país em geral
A
terceira vaga do TSUNAMI
Desde 2007 chamámos a atenção ao poder político
nacional e europeu, que o aumento da quantidade de leite produzido na europa
não vai ser uma aterragem suave para o final da quotas em 2014, mas sim uma
“amaragem” num mar de leite. Só no ano de 2011 verificou-se um acréscimo de
produção na europa, relativamente a 2010, em quatro vezes a produção de
Portugal. Esta tendência de subida da quantidade produzida já se verifica há
anos consecutivos.
Os problemas na produção em Portugal começaram a
agudizar-se com o aumento significativo do custo de produção, sobretudo da
alimentação animal, que apelidamos de “primeira vaga”. A descida do preço do
leite ao produtor, no início do ano, foi a “segunda vaga” e a última descida,
neste mês, é a “terceira vaga”, deste mar de leite, transformado em “tsunami” que
está a arrasar a produção.
Precisamos que os políticos nacionais tenham
intervenção em Bruxelas, de forma persistente e forte, para parar o aumento de
produção europeia, que está a impor este baixo preço à produção, e que sejam
capazes de agir também para controlar a especulação no mercado de matérias-primas
para alimentação animal; Precisamos que a PARCA produza efeitos rapidamente,
porque relatórios analíticos por si só não resolvem este problema; Precisamos
que Industria e Distribuição queiram a produção como aliado comercial e
parceiro sustentável para o longo prazo e não como um parente pobre que pode sobreviver
assim eternamente; Precisamos de preços que permitam instalar e manter na
actividade agrícola os jovens agricultores. Precisamos que entidades como o Observatório
dos mercados agrícolas analisem a situação real de todos os produtos e
tendências e tornem públicos esses estudos…
Precisamos parar as sucessivas vagas deste “tsunami”
e controlar o nível deste “mar de leite” no espaço europeu. A Direcção da AJADP. 21 DE JUNHO DE 2012
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MARÇO 2012: ENCONTRO COM DIRECTOR REGIONAL DE AGRICULTURA:
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JANEIRO 2012: PARTICIPAMOS NA MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DA PRODUÇÃO NACIONAL
A AJADP APOIA O LANÇAMENTO DA NOVA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE LEITE. (http://www.aprolep.pt/).